Na manhã do dia 2 de maio, representantes da Pastoral da Sobriedade e do Povo de Rua estiveram na 55ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil para falar do trabalho desenvolvido, dos desafios e metas de ação. A Irmã Solange Damião, da coordenação Nacional da Pastoral do Povo de Rua, lembrou que quem vive na rua é o povo que sente na pele, de forma mais intensa, os impactos da crise pela qual o Brasil atravessa.
“Nas ruas falta tudo. A fome e o frio enlouquecem as pessoas. As pessoas estão expostas à violência, exclusão e à invisibilidade”, disse. A religiosa denunciou a quase ausência de respostas concretas das políticas públicas. A situação dos albergues, por exemplo, é precarizada.
A Pastoral do Povo de Rua é uma pastoral urbana que busca minimizar os impactos na vida das pessoas das desigualdades, lembrando que elas também são filhas de Deus. A religiosa conclamou os bispos das áreas urbanas a apoiar, por meio de articulação de recursos financeiros e humanos, o trabalho que a Pastoral do Povo de Rua desenvolve.
Sobriedade
Presente em 167 dioceses e atingindo mais de 6 milhões de pessoas, a Pastoral da Sobriedade apresentou aos bispos seus próximos desafios. A meta, segundo uma de suas coordenadoras nacionais Ana Martins Godoy Pimenta, é chegar a 75% das dioceses, organizar 3.500 grupos e mais de 500 comunidades terapêuticas para atendimento e recuperação de pessoas com algum tipo de dependência do uso de drogas.
A Pastoral da Sobriedade atua na prevenção, intervenção, recuparação e articulação nos Conselhos de Políticas Públicas para lutar por melhorias e direitos. Presente em 25 estados e no Distrito Federal, a Pastoral recebeu a medalha do Mérito da Secretaria Nacional Anti-Drogas por ser a organização que mais atende/atinge dependentes químicos no Brasil.
Fonte: Assessoria de Imprensa CNBB