Iniciará hoje, dia 2 de setembro, às 17h, na Casa de Encontro Irmã Yolanda, no bairro Henrique Jorge, o segundo curso de formação sobre o Tráfico de Seres Humanos. O curso vai até o dia 4, domingo e é organizado pela Rede “Um Grito pela Vida”. Os facilitadores são Irmã Gabriella Bottani, da articulação nacional, Renato Roseno, curador da PESTRAF no Ceará e Andréia Costa, coordenadora do Núcleo de Enfrentamento ao Trafico de Pessoas no Ceará. O curso terminará com a realização de uma Assembleia Livre para contribuir com propostas para o II Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.
São objetivos do curso: sensibilizar e socializar informações sobre o Tráfico de Pessoas; capacitar multiplicadores e multiplicadoras para ações educativas de prevenção e assistência, intensificar a luta por políticas públicas de enfrentamento desta realidade. Esta tarefa tem sido assumida pela Rede desde março de 2006.
“Um Grito pela Vida” é uma Rede Intercongregacional, constituída por religiosas de diversas Regionais e Congregações, é um espaço de articulação e ação solidária da Vida Religiosa Consagrada do Brasil. É parte constitutiva da Conferência Nacional dos Religiosos do Brasil (CRB). Atua de forma descentralizada e articulada com as organizações e iniciativas afins em diversas localidades, estados e municípios. Integra a Rede “Talitha kum”, a Rede internacional da Vida Religiosa no enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.
Contatos: Irmã Gabriela Bottani (85) 8868 3707 e Casa de Encontro Irmã Yolanda (85) 3290.2974.
Leria também: O que é e como combater
Uma resposta
"Para a Osce (Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa), "o tráfico de pessoas se transformou em um negócio tão lucrativo hoje em dia que pode ter superado o tráfico de armas ou drogas. A razão é que as pessoas podem ser vendidas e revendidas, o que é feito pelas as redes criminosas".
O tráfico de seres humanos e o tráfico ilegal de imigrantes costumam ser confundidos, mas correspondem a fenômenos diferentes: o primeiro se refere à exploração da mão-de-obra das pessoas e à privação de sua liberdade, enquanto o objetivo do segundo é a entrada ilegal de imigrantes.
O anúncio de uma oferta de trabalho em outro país e a busca de oportunidades para escapar de um ambiente de pobreza costuma ser o caminho para uma situação de dependência: muitas mulheres são enganadas e passam a trabalhar na indústria do sexo durante anos com o argumento de que precisam pagar os custos de sua viagem.
Muitos dos criminosos se apropriam dos documentos das vítimas e a ilegalidade no novo país coloca a pessoa numa situação difícil devido ao medo de recorrer à polícia."