Roda de Conversa – Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016

    RODA DE CONVERSA – CAMPANHA DA FRATERNIDADE ECUMÊNICA 2016

 

Na tarde do dia 10 de junho próximo passado, a Equipe de Animação das Campanhas juntamente com a Cáritas Arquidiocesana de Fortaleza organizaram uma Roda de Conversa na praça.

A ideia da praça, na área urbana de Fortaleza, foi muito importante pois o chamado “Passeio Público” serviu não de palco, mas de espaço privilegiado de conversa.

Roda inspira igualdade, comunicação, comunhão, partilha, circularidade… atributos democráticos, humanos e sociais.  O foco da conversa foi o contexto da Campanha da Fraternidade Ecumênica/2016, com o tema: “Casa comum, nossa responsabilidade” e o lema: ”Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5, 24).

As pessoas foram chegando, ocupando seu espaço, cada um era acolhido e, assim, a roda se formava naturalmente. Quem ali chegava, demonstrava satisfação por aquele momento. Marcaram presença e animaram a tarde, dois jovens equatorianos tocando flauta andina (da região dos Andes) e vestindo trajes típicos. Artistas que diariamente tocam na Praça do Ferreira, vendem seus CDs de música e vivem desse trabalho.   A tarde foi também animada por Maciel, Cardoso e Luan. Estavam presentes pessoas de equipes paroquiais  de campanhas, membros de   ONGs como “Integrassol”, “Engajamundo”, representante do mandato do Vereador João Alfredo “Ecos da Cidade”, um grupo de estudantes da Escola Pública Municipal  Nossa Senhora de Fátima, Bairro Álvaro Weyne que estava fazendo um tour pela cidade e fez  uma parada na roda de conversa.

Coordenaram a roda:  Ana Maria, da Cáritas Arquidiocesana, e Elenise Mesquita, da Equipe de Campanhas, que, com alegria,  acolheram a todos e partilharam algumas citações de um texto, chamando nossa atenção e fazendo um alerta sobre o nosso planeta terra, “casa” devastada, maltratada, ferida pelas mudanças climáticas bruscas, consequência do aumento de gases do efeito estufa e outros fatores, mas também pelo “uso” inadequado de muitos habitantes do planeta. Diversas pesquisas apontam que a temperatura do planeta (terra) vai depender do nosso modo de produzir, consumir, descartar, enfim do modo de nos relacionarmos com a terra, as plantas,  a natureza toda.  São os  pobres, os empobrecidos que mais sofrem as consequências do descuido e do desgaste do planeta.  Nós, humanos, com algumas exceções, somos mais destruidores que cuidadores.

Entrou na Roda de Conversa Marina, do Fórum Ceará no Clima, foi nos chamando a atenção para o aquecimento global,  a rapidez com que está ocorrendo tal aquecimento,  também as mudanças climáticas em todas as regiões do Brasil e do mundo, e foi discorrendo sobre o assunto. O Alasca, por exemplo,  que sempre foi frio, agora está esquentando; o Ceará, é outro exemplo de aquecimento global,  as chuvas não são suficientes, a água não é bem usada com sabedoria e cuidado, é desperdiçada e com isto muitas pessoas ficam prejudicadas e sofrem.

Como garantir a vida de todos, sobretudo dos  mais pobres, mais  vulneráveis? Segundo Marina existem alternativas e é necessário nos valermos de todas as possibilidades que favoreçam à vida. Finalmente, disse ela, é necessário um planejamento para garantir a  sustentabilidade do planeta e da vida no mesmo.  É preciso reeducação humana, é necessário que a vida – humana, animal, vegetal – seja o centro e o critério de ação do homem e da sociedade e não o mercado e o capital.

O direito à vida, à saúde, à moradia digna, à escola, à liberdade de expressão, ao trabalho… são direitos inalienáveis,  devem ser assegurados pelo Estado e garantir a vida de todas as pessoas.  Neste contexto entra o saneamento básico tão bem lembrado e apresentado pela Campanha da Fraternidade 2016. Direito que para muitos ainda é perspectiva, não realidade.

A roda de conversa foi concluída com uma dança indígena, orientada por Conceição,  administradora do Centro de Pastoral,  e uma oração de petição ao Senhor Deus para que aprendamos,  a cada dia,  incessantemente, defender a vida, amar a natureza, defender e cuidar da nossa “casa comum”, pois é nossa responsabilidade e é urgente que cumpramos esta tarefa.

Haydée Bonfim Moraes e Rosélia Follmann – Equipe Arquidiocesana de Campanhas.

 

FOTOS – por Janayna (PASCOM Arquidiocese de Fortaleza)

 

 

 

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