No dia 17 de março a Igreja Católica celebra a festa de São Patrício, o Patrono da Irlanda. Nasceu na Britânia romana (Inglaterra) por volta do ano 365. Ainda jovem, foi sequestrado por uns piratas que o levaram para a Irlanda onde permaneceu uns seis anos como escravo.
Ao cabo desse tempo, sentiu em sonhos que devia voltar para sua pátria. Uma viagem cheia de aventuras devolveu-o a sua terra totalmente mudada. Aí recebeu certa educação e uma aprendizagem do latim bíblico. Nunca teve educação superior algo que ele sempre lamentou. Numa viagem a França teve contato com São Germano de Auxerre.
Também visitou Roma de onde sentiu novamente a chamada de uma voz que o convidava para voltar à Irlanda. Regressou, de fato, por volta de 435 como sucessor de Paládio – “O primeiro bispo dos irlandeses que creem em Cristo”. Pregou sobre tudo no norte da Irlanda estabelecendo sua sede em Armagh. Do norte mudou-se para oeste e este da Irlanda, fundando sedes episcopais em diferentes pontos.
Seus escritos no-lo mostraram como homem simples, sem retórica alguma e dotando de um profundo sentido pastoral. Totalmente entregue à conversão dos pagãos, a destruir a idolatria e o culto ao sol. Contudo, a grandeza moral e espiritual desse homem brilham através de cada frase de seu rústico latim do “Confessio”, sua auto bibliografia.
Nunca deixou de ter consciência de que era ignorante, que havia sido escravo e fugitivo. Em sua humildade e simplicidade soube explicar com a simples folha de trevo o insondável mistério da Santíssima Trindade. Patrícia continua presente na memória e no coração dos irlandeses. Dezenas de igrejas levam seu nome ali para onde os irlandeses foram viver e trabalhar. Padroeiro e apóstolo da Irlanda, é o santo mais popular da ilha à qual converteu a Cristo.
Há um mito que diz que ele precipitou ao mar todas as serpentes da ilha. A morte de São Patrício se deu na cidade de Down, em 17 de março de 461, já octogenário. No dia de sua festa os irlandeses fixam à roupa um trevo (planta cujas folhas se dividem em três), lembrando que São Patrício se servia deste sinal para dar uma ideia da Santíssima Trindade: um só Deus em três pessoas.
(Resumo do “Dicionário dos Santos” et alii.
Brendan Coleman Mc Donald – Redentorista