Iniciativa pretende resgatar protagonismo feminino no movimento ecumênico
A Igreja Católica está representada por 15 mulheres no evento “Mulheres: direitos e justiça – compromisso ecumênico”, promovido pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), o encontro acontece de 17 a 20 de novembro, em São Paulo (SP), e tem o objetivo de recuperar a história das mulheres no movimento ecumênico e seu engajamento para que Igrejas e sociedade assumam o compromisso com a efetivação dos direitos e da justiça a elas relacionados.
Cada Igreja que faz parte do Conic terá em torno de 10 participantes. A Igreja Católica está levando 17 representantes. De acordo com a secretária executiva do Setor Pastoral da Mobilidade Humana da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), irmã Claudina Scapini, houve um esforço de “mostrar os diversos rostos da mulher brasileira”. Foram convidadas indígenas, mulheres afrodescendentes, cigana, refugiada, imigrante, entre outras.
O bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, enviou uma palavra às participantes do encontro, destacando que o elemento mais importante do enunciado que dá nome ao encontro é o termo “mulheres”. “Pessoas. Filhas de Deus. Fundamento para embasar a reflexão, o debate sobre ‘direitos e justiça’, para se assumir o ‘compromisso ecumênico’”, refletiu.
Dom Leonardo recordou uma fala do papa Francisco na qual o pontífice ressalta que “as mulheres são a coisa mais bela que Deus fez” e ainda sublinhou a questão do ecumenismo como “busca da verdadeira unidade, com a consciência de que existem ‘falsos modelos de comunhão que não geram unidade, antes a contradizem na sua essência’”.
“Entendo, queridas irmãs, que esse encontro é um encontro eclesial, porque ecumênico, e não há lugar mais privilegiado para começar a viver e respeitar os ‘direitos e a justiça’ do que entre irmãs em Cristo. Portanto, cada uma de vocês é bem-vinda e contribuirá a partir do seu encontro pessoal com Jesus Cristo”, afirmou.
O encontro terá momentos de espiritualidade, apresentação da conjuntura sociopolítica, econômica e religiosa relacionada à temática do evento, reflexões bíblicas, conversas à mesa, exibição de filme e partilha de ideias a fim de “firmar caminhos prioritários”, entre outras atividades.
Fonte: CNBB