Com o tema “Reconciliação: é o amor de Cristo que nos move – Celebração do 500° Aniversário da Reforma” tem início no dia 28 de maio, a Semana de Oração pela Unidade Cristã (SOUC). A ideia deste ano é conclamar a todos os cristãos, de todas as denominações, à unidade.
Para isso, já estão disponíveis os subsídios da Semana. Preparado pela Comissão Ecumênica Alemã, país considerado um dos berços da Reforma, os cadernos da Souc já podem ser encomendados. No Brasil, quem adaptou o material foi o regional do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) no Rio Grande do Sul.
Quem quiser adquirir o material (que é pago), basta encaminhar um e-mail para [email protected] com o número de cadernos que deseja. É importante que no e-mail estejam informações como CNPJ ou CPF de quem encomenda e endereço para emissão de boleto bancário. O boleto será emitido para pedidos acima de 10 cadernos. Quem desejar menos de 10 cadernos terá que realizar depósito bancário. A cada dez cadernos encomendados, será enviado um cartaz da Semana. Individualmente, o Cartaz não será vendido. Para baixá-lo em alta resolução, clique aqui.
Oferta da Semana de Oração
A oferta da SOUC simboliza o comprometimento das pessoas com o ecumenismo. É uma forma concreta de mostrar que se acredita na unidade dos cristãos. Os frutos das ofertas doadas ao longo da Semana são distribuídos, anualmente, da seguinte maneira: 40% para a representação regional do CONIC (onde houver), que é destinado a subsidiar reuniões e atividades ecumênicas locais, e 60% para o CONIC Nacional, para projetos de maior alcance.
Vale lembrar que a oferta faz parte da celebração, logo, é recomendado que se faça no momento da liturgia. Ofertas também poderão ser recolhidas nos encontros temáticos, durante a Semana.
Carta das Igrejas-membro sobre a Semana de Oração.
“Reconciliação – é o amor de Cristo que nos move” é o tema da Semana de Oração pela Unidade Cristã (SOUC) de 2017. Inspirada em 2 Co 5.15-20 a SOUC deste ano traz como mensagem central a afirmação de que é a graça de Deus que nos reconcilia. A relação entre graça e reconciliação é motivada pela celebração dos 500 anos da Reforma, ocorrida em 1517, na Alemanha.
A Reforma não foi um evento histórico isolado. Ela ocorreu em um contexto de muita efervescência social, política e religiosa. Antes de Martim Lutero, outras pessoas falaram sobre a importância de uma reflexão crítica sobre os diferentes papéis desempenhados pela Igreja na sociedade europeia da Idade Média. Recuperar o testemunho cristão como uma expressão da graça de Deus era uma das reivindicações de diferentes movimentos.
O movimento da Reforma não foi isento de conflitos e extremismos religiosos, causados pelos lados envolvidos. É justamente por causa desses conflitos que a palavra reconciliação torna-se central ao refletirmos sobre estes 500 anos.
O tempo em que vivemos, infelizmente, se caracteriza por muitos conflitos. Alguns deles são legitimados em nome de religiões. Também hoje extremismos são provocados. Ressurgem formas antigas de intolerância religiosa. A ideia de disputa por um mercado religioso tende a colocar Igrejas em oposição. Não raras vezes nos vemos como ameaças uns aos outros. Não podemos cair na tentação de nos sentirmos uns melhores do que os outros. Todas as pessoas, independentemente da confessionalidade, professamos a fé em Jesus Cristo, cujo testemunho foi o de reconhecer o próximo naquela pessoa que está distante de mim e com quem, muitas vezes, tenho dificuldades de me relacionar em função dos preconceitos e das desigualdades socais.
O amor de Cristo desperta a reconciliação. Ele não divide e nem constrói muros. As diferentes formas de expressar a fé em Jesus Cristo são riquezas graça. Por isso, em um mundo que tem se caracterizado por diferentes formas de intolerâncias, reafirmarmos que o amor de Cristo nos reconcilia é uma forma de mostrar que as divisões, as brigas, as violências, as desigualdades econômicas, os racismos e preconceitos nos distanciam de Deus e criam muros entre nós. O que nos aproxima é a possibilidade de nos reconhecermos como irmãos e irmãs, em Jesus Cristo é que somos um!
Temos, em nosso país muitos exemplos do testemunho comum entre Igrejas. Os vários espaços de diálogo bilateral, o reconhecimento mútuo do Batismo, a possibilidade de celebrarmos a Declaração conjunta pela Justificação por Graça e Fé, a realização do Dia Mundial de Oração, a Semana de Oração pela Unidade Cristã. Estas experiências não se devem somente ao nosso esforço, mas brotam da fé em Deus que possibilita os encontros e a comunhão.
A Semana de Oração pela Unidade Cristã, nos ajude a caminharmos ao encontro de nossos irmãos e irmãs. Vamos retirar tijolos dos muros que nos dividem. Através das frestas, veremos a beleza do amor de Deus que se expressa na diversidade que pode ser reconciliada. O Deus da reconciliação nos conduza cada vez mais para a unidade!
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Secretário Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
Pastor Dr. Nestor Paulo Friedrich
Pastor Presidente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil
Dom Francisco de Assis da Silva
Bispo Primaz da Igreja Anglicana
Presbítero Wertson Brasil de Souza
Moderador da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil
Dom Paulo Titus
Arcebispo da Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia
Com informações do Conic