Com grande reverencia celebramos, mais uma vez, os acontecimentos fundamentais de nossa fé, isto é, a Páscoa de Cristo, a qual compreende tanto o mistério da cruz e da morte, quanto à alegria do triunfo da Ressurreição. A Semana Santa é a semana maior no calendário cristão, que nos faz recordar e reviver os passos mais decisivos da jornada terrestre de Jesus. A Semana Santa vai começar este ano no dia 5 de abril, o Domingo de Ramos, com a entrada messiânica de Jesus em Jerusalém. Na Quinta-feira Santa, dia 9, haverá a sagração dos Santos Óleos e a união das paróquias da Arquidiocese de Fortaleza em torno da Igreja-Mãe, a Catedral, onde serão sagrados os três óleos (catecúmenos, crisma e dos enfermos) que serão utilizados na administração dos sacramentos de Batismo, Crisma e Unção dos Enfermos, durante todo o ano. À tarde vamos celebrar a Ceia do Senhor, o Sacrifício Eucarístico, que enlace o momento atual com a primeira missa. E o Lava-pés repete, na humildade e no perdão a necessidade de imitar o Senhor. Haverá na Sexta-feira Santa a morte de Cristo na cruz, que trouxe ao mundo a esperança e a redenção. O Sábado Santo com o silêncio do Senhor que repousa no túmulo novo aberto na rocha. No dia 12 de abril, o Domingo da Páscoa, celebramos a gloriosa Ressurreição de Cristo. Morto numa cruz e sepultado, ressuscitou dos mortos. Sua Ressurreição até hoje e para sempre alimenta as esperanças de um mundo melhor e mais humano. Agora em nossa cidade de Fortaleza tudo isso se repete.
Entre as recomendações para a Semana Santa está a valorização da missa do Crisma com a benção dos santos óleos e com a participação de todos os padres da Arquidiocese, além dos fiéis. Na Quinta-feira Santa “Jesus se dá como alimento aos Doze com as próprias mãos”. As leituras deste dia ilustram o profundo sentido desta frase. Elas formam uma espécie de triplico: a instituição da Eucaristia, a sua prefiguração do Cordeiro Pascal e a sua tradução existencial no amor e no serviço fraterno. Na Sexta-feira Santa ao lado do exercício da Via Sacra, próprio deste dia não deve ser omitido os exercícios da celebração das Dores de Maria, mãe de Jesus, e da procissão do Enterro do Senhor. Na Vigília Pascal o toque dos sinos anunciando a ressurreição, precede a leitura do Evangelho, homilia e a liturgia batismal que se segue. Seria lamentável reduzir a Semana Santa um mero feriadão com muito futebol, praia e passeio. Desejo a todos os leitores deste artigo, as melhores bênçãos e as melhores alegrias da Páscoa.
Pe. Dr. Brendan Coleman Mc Donald,
Redentorista de Fortaleza