“Estado para quê e para quem?” A resposta a esta pergunta é a busca dos envolvidos na 5ª Semana Social Brasileira (SSB), promovida pela CNBB e movimentos sociais. O evento celebrativo será em maio de 2013, mas o debate da SSB já está acontecendo em muitas dioceses e paróquias de todo o país. A coordenação é feita pela Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz da CNBB.
Entre os dias 21 e 23 de agosto, a coordenação das pastorais sociais, organismos e movimentos realizaram um seminário sobre a temática da 5ª SSB, em Brasília (DF). Além de um estudo mais aprofundado do tema, foram realizados encaminhamentos quanto à continuidade das atividades nacionais. “Foi muito importante para perceber quais os ganhos até aqui, avaliar e encaminhar os próximos passos, como também começar a coletar as sistematizações que devem chegar dos regionais, das dioceses, das pastorais sociais e dos movimentos sociais do Brasil”, disse dom Guilherme Werlang, presidente da Comissão.
O mesmo evento também serviu para fortalecer a articulação entre as pastorais sociais e organismos da CNBB, em vista da visibilidade das ações realizadas. Houve a apresentação de uma análise de conjuntura, com a assessoria de Rosilene Wansetto, da Rede Jubileu Sul Brasil; dos professores José Antonio Moroni e padre José André da Costa, do Instituto de Filosofia Berthier.
“Este momento de reflexão é importante porque historicamente as pastorais sociais e movimentos sociais no Brasil fazem uma caminhada unida pautando lutas e desafios comuns para uma melhoria das condições de vida do povo, por isso é importante retomar esse processo”, afirma o assessor da Comissão, padre Ari dos Reis.
Além de dom Guilherme, participaram do Seminário dom José Moreira Neto (Três Lagoas – MT); dom José Luis Salles (Pesqueira – PE); dom Enemésio Lazzaris (Balsas – MA); dom Pedro Stringhini (Franca – SP); e dom Sebastião Lima Duarte (Viana – MA).
Durante o evento, os participantes analisaram os dados divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que mostram o Brasil como o quarto país mais desigual da América Latina. Na pesquisa, o Brasil perde apenas para Guatemala, Honduras e Colômbia, e revela também que um quarto dos pobres do continente vivem em terras brasileiras. Na avaliação, dom Guilherme provocou uma questão aos presentes: “Este é o Estado que queremos?”.
Fonte: CNBB