Um passo importante foi dado rumo ao Congresso Missionário Continental 4 (CAM4) e Congresso Missionário Latino Americano 9 (Comla 9), durante o 1º Simpósio Internacional de Missiologia, que aconteceu em Caracas, Venezuela, entre os dias 24 e 27 de janeiro. Com o tema “Secularização presente e futuro, desafio para a Missão”, o evento refletiu o enfoque temático para o CAM4/Comla9, que será realizado em Maracaibo, na Venezuela, de 22 a 27 de janeiro de 2013.
Para o assessor da Dimensão Missionária da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre José Altevir, o tema e o lema do Congresso apontam para um dos desafios da Igreja em nossos dias: “Discípulos Missionários de Jesus Cristo, da América ao mundo secularizado e pluricultural”, e lema: “Discípulos Missionários da América para o mundo”.
Em preparação ao CAM4/COMLA9, a organização do evento, na Venezuela, divulgou uma nota na qual destaca o Congresso como um tempo de “graça” e “salvação”, oportuno para o “encontro pessoal e comunitariamente com Jesus Cristo”. Ainda no texto, a organização frisa que “toda a Igreja Venezuelana e da América se prepara para viver na plenitude do Espírito Santo a maravilhosa experiência do Congresso”.
Palestras
Quatro palestras direcionaram o Simpósio: “Visão histórica da secularização” ministrada pelo professor Enrique Ali, doutor em sociologia que sublinhou durante sua exposição que “é impossível imaginar uma sociedade sem religião” e que “a secularização é um desafio da Missão de Deus no mundo atual”. O professor desenvolveu sua exposição contextualizando historicamente a secularização.
O bispo da diocese de San Cristóvão, na Venezuela, dom Mário Moronta, foi o responsável pela segunda palestra, “A Conversão Pastoral”. Sobre o tema, o bispo apontou que a “conversão missiológica é medida pela maturidade da Igreja, que se expressa, por sua vez, pela prática da comunhão. Assim como a Igreja deve estar em estado permanente de missão, deve estar igualmente em permanente estado de conversão. A Igreja é comunhão, para criar comunhão. Ela existe para evangelizar”, disse o bispo.
O professor na Universidade Católica na Venezuela, padre Pedro Trigo, jesuíta, foi o terceiro expositor, enriquecendo o simpósio com uma profunda reflexão sobre o tema: “Vivência e transmissão do cristianismo quando não há transmissão ambiental”. De acordo com ele, “Jesus sempre nos atrai e nos atrai com sua humanidade”. Afirmou que há a necessidade de vencermos o individualismo e valorizarmos o testemunho. “Os verdadeiros testemunhos, são embriões da esperança da vida. A missão deve abraçar todas as instâncias da vida”, ressaltou. Por fim, a quarta e última palestra, foi ministrada pela Dra. Consuelo Veléz a partir do tema: “Leitura da realidade secularizante à luz da fé”. Consuelo, que fez sua palestra por meio de vídeo conferência, por não ter conseguido passagem da Colômbia à Caracas, iniciou com a seguinte pergunta: “Meio a realidade de secularização, quais os impedimentos para viver a experiência de fé”? Na reflexão ela dizia: “não devemos temer o humano, não se deve temer a encarnação. Através do humano vivemos o sonho de Deus para a humanidade”. Ao concluir afirmou que Deus não condena. “Precisamos entender isto para fazermos a experiência de fé: Devemos nos lançar mar adentro e lançar as redes utilizadas por Jesus para perceber a manifestação de Deus na história”.
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