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Sínodo: primeiro debate sobre novo Instrumentum laboris

Um momento dos trabalho no Sínodo de 2023  (Vatican Media)

Nos últimos domingo e segunda-feira, os membros do Conselho ordinário reuniram-se presencialmente e por videoconferência com alguns consultores da Secretaria Geral do Sínodo para uma verificação do documento que estará na base da próxima reunião sinodal de outubro. A publicação está prevista para os primeiros dez dias de julho.

Vatican News

O estilo da sinodalidade aplicado ao trabalho preparatório que está definindo o percurso para o novo Sínodo previsto para outubro, de 2 a 17 de outubro. É o estilo que está sendo experimentado pelos especialistas que discutem o Instrumentum Laboris da próxima sessão.

Após o encontro dos teólogos realizada de 4 a 14 de junho, foi elaborada uma primeira versão do documento e, além dos membros do Conselho, este primeiro texto – segundo uma nota da Secretaria-Geral – “foi também enviado a setenta pessoas, representando todo o povo de Deus (sacerdotes, consagrados/as, leigos, representantes de realidades eclesiais, teólogos, agentes pastorais e um número significativo de pastores) de todas as partes do mundo, de diversas sensibilidades eclesiais e de diferentes ‘escolas’ teológicas”.

Princípio da circularidade

Esta “ampla consulta”, explica o cardeal Mario Grech, secretário geral da Secretaria Geral do Sínodo, foi desejada para “manter coerentes com o princípio de circularidade (o que vem da base retorna à base) que animou todo o processo sinodal. Esta verificação do material elaborado à luz dos relatórios recebidos pretende ser também um exercício, por parte da Secretaria Geral, daquela responsabilidade (accountability) que caracteriza a Igreja sinodal e que, estou certo disso, testemunhará a autenticidade dos trabalhos sinodais”.

Um estilo adotado pelas paróquias

O encontro, continua a nota, também testemunhou um debate sobre o andamento do processo sinodal, em particular deste período entre as duas sessões da Assembleia. Dos relatórios dos membros do Conselho, lê-se que “surge um sentimento geral de gratidão e de confiança pelos progressos alcançados. O Relatório de Síntese da Primeira Sessão foi bem recebido pelas comunidades locais, porque foi fiel aos frutos da sua escuta. Também muito apreciada a iniciativa de convocar alguns párocos a Roma, não só porque foi respeitada uma indicação dada pela Assembleia de outubro de 2023, mas porque o encontro permitiu uma verdadeira escuta dos mais de 200 párocos reunidos em Sacrofano, agora investidos pelo Papa Francisco com um verdadeiro mandato de missionários sinodais”.

Também apreciado o “método da conversação no Espírito” que, como sublinha a nota, foi “adotado em não poucas dioceses como método de ‘trabalho’ nos conselhos diocesanos e paroquiais, até nas reuniões das Conferências Episcopais. “É o mais belo presente deste Sínodo”, disse um dos participantes.

Sínodo e Jubileu

Os trabalhos deste ano, apesar da brevidade do tempo disponível, ajudaram os fiéis a compreender que este Sínodo trata da sinodalidade e não, especifica a nota, “destina-se a resolver este ou aquele problema, mas a entrar numa dinâmica de conversão pastoral, de um estilo de ser e viver a missão da Igreja, confiando no apoio do Espírito Santo. Por fim, nasceu claramente o convite a conectar melhor o atual processo sinodal com o caminho de preparação para o Jubileu, antes de tudo a partir da oração”.

Após os trabalhos do Conselho e a ampla verificação, uma nova versão do Instrumentum Laboris – conclui a nota -, “será elaborada e reenviada ao Conselho Ordinário para aprovação. O novo documento será então submetido ao Santo Padre para aprovação definitiva. A publicação do texto está prevista para os primeiros dez dias de julho. Informações a esse respeito serão fornecidas oportunamente.”

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