Por Pe. Brendan Coleman Mc Donald*
No dia 13 de março de 2013 o Cardeal Mario Bergoglio se tornou o Papa Francisco, o primeiro latino-americano a se tornar líder espiritual da Igreja Católica, que tem 1,3 bilhões de fiéis. Desde que passou a substituir Bento XVl que renunciou o cargo, o argentino foi muito elogiado por seu estilo mais despojado e também por sua humildade, simplicidade, esperança, alegria e entusiasmo. Ele assumiu o pontificado de forma simpática e acolhedora e conquistou a todos. Se alguém tivesse me dito um ano atrás que um papa seria nomeado “Pessoa do Ano” pela revista Time, ou “Personalidade do Ano” pela revista Advocate do grupo LGBT, eu teria dito que a pessoa não estava bem da cabeça!
O mundo se surpreendeu com certos gestos do novo papa. Na sacada da Basílica de São Pedro na tarde de sua eleição ele pediu com humildade que os fiéis rezassem por ele, algo que seus predecessores nunca tinham feito. Depois abriu mão da limusine do Vaticano e andou numa minivan junto com seus irmãos cardeais. Voltou ao hotel onde tinha ficado antes do conclave e pagou a conta de seu bolso! Foi fotografado carregando sua própria mala com muita naturalidade subindo ao avião. Alguns meses atrás o mundo ficou comovido vendo o Papa Francisco abraçando firmemente o rosto do Sr. Vinício Riva que sofre de uma doença rara que deixou seu rosto cheio de tumores. O mundo ficou edificado vendo o papa beijando o pé de uma jovem mulher muçulmana numa cadeia de Roma na Quinta feira da Semana Santa. A Jornada da Juventude realizada em julho de 2013, no Rio de Janeiro, mostrou ao mundo quanto o Papa Francisco é querido pelos jovens, e como ele o amam. Uma multidão superior de 3 milhões de jovens se reuniu na praia de Copacabana para assistir a missa do papa.
Neste primeiro ano num estilo cativante ele começou a dar uma nova imagem à Igreja. Ele começou a reforma da Cúria Romana; solidificou a transparência comunicativa e financeira do Vaticano; incentivou com força a consulta às comunidades diocesanas e paroquiais do mundo inteiro sobre assuntos relevantes relacionadas à fé e problemas morais; mostrou sua preocupação com os pobres e marginalizados especialmente nas periferias das grandes cidades; enfatizou a tolerância zero nos casos de abuso sexual de menores por clérigos e estabeleceu uma comissão para investigar com rigor falhas nesta área; começou a colocar leigos e mulheres em postos de máxima responsabilidade na Igreja. Sua recente Exortação Apostólica “Evangelii Gaudium” escrita em linguagem acessível ao povo é um “best seller” em muitos países. Papa Francisco mostrou grande acolhimento pelos seguintes grupos: os pobres, os excluídos, os marginalizados, os de orientação sexual diferente, as mães solteiras, pessoas em 2ª. união, os soros positivos, os drogados e pessoas de crenças diferentes. Acolhimento não significa aprovação e há assuntos que o papa não pode aprovar como: o aborto, “casamento” entre pessoas do mesmo sexo, ordenação sacerdotal de mulheres etc.
*Redentorista e Assessor da CNBB Reg. NE1.
Uma resposta
Tenho acompanhado o Santo Padre todos os dias pelo youtube com muita atenção,
desde as suas celebrações, encontros, Ângelus e as suas visitas pastorais.
Reconheço a riqueza dos seus ensinamentos, e gestos de amor e a sua amabilidade sem limite, e o grande desejo que a Igreja Católica seja mais acolhedora e firme na fé, na esperança.