A Pastoral do Dízimo, essencial na vida comunitária da Igreja, é um chamado à corresponsabilidade e à sustentação da missão evangelizadora. No contexto das orientações da Evangelii Gaudium (24) e do documento 106 da CNBB (introdução), podemos discernir um caminho claro de ação que inspira e guia os agentes pastorais nesse serviço essencial.
Primeiramente, “primeirear” é mais do que uma iniciativa; é um chamado para seguir o exemplo de Deus, que nos amou primeiro. É necessário que a comunidade tome a dianteira em aproximar-se daqueles que ainda não compreendem a importância e a beleza do dízimo na vida cristã. Este passo inicial requer audácia e constância na busca por novos dizimistas.
Em seguida, envolver-se implica não apenas em promover o dízimo como uma obrigação, mas em oferecê-lo como um serviço de amor e testemunho. Inspirados pela humildade de Cristo, devemos nos aproximar dos fiéis com o desejo sincero de servir, mostrando que a contribuição vai além do financeiro, é um ato de fé e compromisso com a comunidade.
Acompanhar os dizimistas é crucial para sustentar seu crescimento espiritual e prático. O caminho de formação não termina no cadastro, mas na atenção contínua ao seu desenvolvimento como discípulo generoso. Isso requer uma dedicação paciente e constante, acompanhando os desafios e vitórias de cada um.
Frutificar é o resultado natural de um acompanhamento diligente. Assim como na parábola do semeador, devemos estar atentos aos frutos do nosso trabalho pastoral, celebrando cada pequena vitória. O dízimo não é apenas uma contribuição, mas uma oportunidade de crescimento espiritual e comunitário que deve ser celebrada em toda a sua profundidade.
Por fim, festejar é um ato de gratidão e comunhão. À medida que celebramos os frutos do dízimo, fortalecemos o sentido comunitário e o compromisso de todos. Cada contribuição, por menor que pareça, é motivo para celebrar a generosidade e a fé que sustentam a vida da Igreja.
Assim, inspirados pelas diretrizes da Evangelii Gaudium e pelo documento da CNBB, a Pastoral do Dízimo é convocada a ser uma expressão viva da Igreja “em saída”, que não apenas sobrevive, mas floresce na generosidade e na partilha de seus membros. Que cada passo dado nesse caminho fortaleça o testemunho cristão e a missão evangelizadora da comunidade de fé.
Ficam para nós alguns questionamentos que podem guiar nossa reflexão e ação pastoral: Como podemos, na prática pastoral, “primeirear” de maneira mais eficaz, aproximando-nos daqueles que ainda não compreendem a importância do dízimo na vida cristã? De que forma o acompanhamento contínuo dos dizimistas pode contribuir para seu crescimento e para o fortalecimento da comunidade de fé? E, por fim, como podemos celebrar de maneira mais significativa as pequenas vitórias no trabalho da Pastoral do Dízimo, reforçando o sentido de gratidão e comunhão entre os fiéis? Essas perguntas nos convidam a olhar nossa postura missionária, buscando sempre melhorar o serviço à comunidade e à evangelização.
João Augusto Stascxak
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