A índole dos cristãos é de sonhar com a realidade última da vida, com seu ápice na glória, na certeza de que sua consistência se encontra em Deus. Ele não exclui e nem discrimina as criaturas, obra de suas mãos, que por sua bondade infinita “faz descer o sol sobre bons e maus”. Nesta Semana do Meio Ambiente, pensemos nos “animais anfíbios”, termo muitas vezes usado para externar intolerância, preconceito e discriminação por parte de pessoas que ideológica e socialmente pensam diferente. Não percebem que os anfíbios atentam para a importância do ecossistema, uma vez que neles, entre muitas coisas vitais, se encontram compostos químicos de interesse das grandes indústrias farmacêuticas.
A importância desses anfíbios é precípua e imprescindível, no conjunto dos demais seres vivos, no sentido do equilíbrio ecológico. Eles fazem parte de uma riquíssima teia alimentar, da qual se alimentam de alguns seres vivos e servem de alimento a outros; alimentam-se de insetos, muitos dos quais daninhos à vida como um todo. No mistério do Universo, que os seguidores de Jesus de Nazaré, a partir de seu olhar terno e afável, jamais duvidem de Deus encarnado e revelado no Filho, que quer nosso compromisso, ao dizer não à poluição e à destruição ambiental, protegendo e conservando a vida, no que existe de mais belo e precioso.
O Dia Mundial do Meio Ambiente foi estabelecido pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1972, por ocasião da abertura da Conferência de Estocolmo, na Suécia. Desde então, é comemorado anualmente no dia 5 de junho, e chama a atenção para a grandeza da criatura humana, do ponto de vista da fé e da esperança cristã, em colocar diante dos olhos a realidade do céu, percorrendo aqui na terra o caminho que lhe é proposto. Como é indispensável a prática das bem-aventuranças! Elas significam amor, que é comunhão com Deus e com os irmãos, cientes de que sua missão terrena tem uma direção: o eterno convívio, o qual já se experimenta aqui na terra.
A Semana do Meio Ambiente quer ajudar a conscientizar as pessoas de boa vontade sobre a importância da obra da criação, bela maravilha da humanidade. Que nossa prece chegue ao Deus de bondade, presente em todo o Universo, sobretudo nas pequenas criaturas vossas, encorajando-as no cuidado do meio ambiente. Amém!
*Padre, Jornalista, Colunista e Pároco de Santo Afonso, Parquelândia, Fortaleza-CE. Da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza [email protected]