No dia 31 de maio de 2017 a Igreja Católica celebrará a Festa da Visitação de Nossa Senhora. Lucas narra neste trecho do Evangelho, que Maria partiu apressadamente para região montanhosa onde residiam Isabel e Zarcarias. Isabel estava grávida de João Batista e precisava de ajuda. Esse casal representa não apenas um casal, mas uma categoria de pessoas. Aqueles que, por qualquer razão, são excluídos e vão residir nas “regiões montanhosas” dos nossos tempos. Vale lembrar que, na Bíblia, “monte” significa lugar de desafios e de encontro com Deus. Isabel e Zarcarias tinham idade avançada, e não tinham filhos. Além disso, Isabel era estéril. Não gerar filhos naquele tempo significava estar privado das graças de Deus, isto é, ser uma pessoa “desgraçada”, castigada, punido por Deus. Assim sendo, quem vivia uma situação dessas não era bem visto pela comunidade e, assim ficava excluído. Foi o que ocorreu com Zacarias e Isabel. Sobrou, então, para eles morarem na região montanhosa, lugar de dificuldades. O lugar onde os pobres moram. Por isso, Maria, grávida, partiu para uma longa e difícil viagem de Nazaré, na Galileia, até Ain Karin, na Judeia, onde morava Isabel, 150 quilômetros de distância.
Assim, começamos a entender porque Maria se dirige apressadamente para essa região. O auxílio aos pobres e necessitados não pode esperar. É algo urgente, que precisa de uma atitude imediata. A pressa de Maria deveria ser a pressa do todos nós, inclusive das autoridades, em solucionar os problemas que atingem os que são excluídos. Ao se dirigir apressadamente para essa região, Maria tem um objetivo claro: vai auxiliar a prima que está grávida e passa por privações. Ele está precisando de ajuda.
Quando Maria saudou Isabel “a criança pulou de alegria em seu ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo. Este estremecimento da criança no ventre de Isabel é o gesto de reconhecimento de que Maria era, literalmente, portadora de Deus. Isabel ficou cheia do Espírito Santo e reconhece a Mãe do Salvador. Com um grande grito Isabel exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre”. Sempre que rezamos a oração da Ave Maria, repetimos as palavras de Isabel e reconhecemos Maria como Mãe de Deus. Maria por sua vez agradeceu a Deus com as palavras: “A minha alma agradece o Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque olhou para a humildade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada”.
Pe. Brendan Coleman Mc Donald, Redentorista